O Departamento
O Departamento de Ciências Humanas (DCH) do Campus VI da UNEB está situado na cidade de Caetité, que faz parte do Território de Identidade Sertão Produtivo do Estado da Bahia. O DCH originou-se da Escola de Nível Superior de Caetité, criada em 1962. Em 1983, a escola foi incorporada pela Universidade do Estado da Bahia, passando a se chamar Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caetité (FFCLC). Com a reestruturação das Universidades Estaduais da Bahia, em 1997, a FFCLC passou então a ser denominada como Departamento Ciências Humanas.
Atualmente, o DCH do Campus VI oferta os cursos de licenciatura em Ciências Biológicas, Geografia, Matemática, História, Música, Letras com Língua Portuguesa e Literaturas, Letras com Língua Inglesa e Literaturas e os cursos de bacharelado em Engenharia de Minas e Administração. Ainda, diversos cursos de pós-graduação lato sensu e em stricto sensu o Programa de Pós-graduação em Ensino, Linguagem e Sociedade.
A Cidade
Caetité foi um dos primeiros povoados do Alto sertão da Bahia. A hipótese mais aceita e mais divulgada acerca de sua origem é a de que este lugar se constituiu num dos primeiros núcleos de povoamento da região. Eram postos de catequese já no século XVII e as terras desta região pertenciam ao Senhor da Casa da Torre, cujo fundador foi o mestre de campo Antônio Guedes de Brito e era destinada à criação de gado.
Devido a fatores climáticos, como a quantidade abundante de água e outros aspectos, o núcleo acabou ganhando importância com a chegada e permanência de inúmeras famílias. A partir de então, se estabeleceu como ponto importante de pouso e descanso aos viajantes e tropeiros que passavam pela região. Naquela época, faziam parte do núcleo, fazendas de gado, os engenhos, a aristocracia e a riqueza, bem como a cultura e o civismo que o distinguia dos outros povoados da região.
Na primeira metade do século XVIII, famílias do Arraiá construíram uma capela em devoção à Senhora Sant’Ana, além de doar terras para a nova freguesia. Assim, no início do século XVIII, depois de enfrentar forte oposição de Rio de Contas, a freguesia de Caetité já se organizava para comprar da Coroa o título de Vila. O Arraial foi elevado à categoria de Vila em cinco de abril de 1810. Pela importância e significado desse fato histórico, a Câmara de Vereadores de Caetité, fixou o dia cinco de abril como data da emancipação política de Caetité.
Com mais de dois séculos de emancipação, a cidade é polo cultural da região sertaneja da Bahia: sendo a terra natal de figuras como Cezar Zama, Aristides Spínola, Anísio Teixeira, Nestor Duarte Guimarães, Waldick Soriano, Haroldo Lima, Prisco Viana, Paulo Jackson, Paulo Souto, dentre outros. Ainda, é pioneira na educação regional na capacitação de sujeitos, com a primeira Escola Normal do sertão baiano e Escola de Nível Superior de Caetité, referência na formação de professores.
Conhecida como a “Princesinha do Sertão” e, por vezes, berço da educação baiana, passou por diversas transformações ao longo do tempo onde a pequena vila deu lugar a uma majestosa cidade.